O trabalho de liderança e de inovação, muitas vezes, fica agarrado ao estudo e avaliação de decisões lentas demais para acompanhar o ritmo necessário do mundo moderno. O uso da tecnologia adequada, o foco em metodologias ágeis e uma mentalidade proativa ajudam os gestores a liderar mais, fazendo menos.
A importância do foco
Em poucos anos, a Apple foi da posição de empresa que "já deu o que tinha que dar" para a maior organização do mundo. Quase todo o seu valor hoje vem de um único produto: o iPhone.
Em muitas organizações, pela grande quantidade de departamentos, a tendência é tocar vários projetos e atirar para todos os lados. Boa parte da administração acaba sendo voltada para gerir a própria empresa e não sua interação com os clientes, sua verdadeira razão de existir.
Um gestor que administra a organização nos seus melhores projetos tem melhores resultados do que aquele que trabalha como malabarista de várias iniciativas ao mesmo tempo. Não é à toa que os grandes conglomerados empresariais são divididos em empresas menores, cada uma com seu foco e orçamento próprio.
Menos gerência e mais resultado
A cultura em muitas organizações é de reuniões constantes — prática parodiada nos quadrinhos do Dilbert e em propagandas na TV. Muitas poderiam ser evitadas e as decisões tomadas por e-mail — que por sua vez, poderiam ser evitados com um telefonema ou um rápido bate-papo ao vivo.
Os gestores poderiam passar menos tempo administrando reuniões para investir mais tempo na gestão da organização. Experimente delegar responsabilidades, permitir que gerentes intermediários tenham mais autonomia, e fazer com que todos os funcionários gastem menos tempo em reuniões.
Inovar exige ousadia
Como diz a velha máxima do mundo dos negócios: "se você perguntasse no começo do século XX o que as pessoas queriam, eles diriam cavalos mais rápidos". Todas as inovações são recebidas com espanto e dúvida pela maioria das pessoas, consumidores inclusive.
Quando o iPad foi lançado, muita gente questionou sua utilidade: não tinha câmera, era grande demais para caber no bolso, mas pequeno demais para ser um laptop, e não possuía sequer um drive de USB. A mesma dúvida recebeu a decisão da Netflix de soltar seriados inteiros de uma vez, ao invés de dosar um episódio por semana como faz qualquer canal de TV. A verdade é que, se o projeto da sua empresa não faz ninguém coçar a cabeça pensando "será que vai dar certo?", ele não é inovador.
Informe-se
O processo de tomada de decisões de forma ágil exige informação correta, atualizada e — principalmente — visualizada com clareza. Em vez de relatórios longos e planilhas intermináveis, vale mais saber quais são os indicadores-chave, como estão evoluindo, e testar cenários e hipóteses.
Como são tomadas as decisões sobre inovação na sua organização? Você avalia que os processos são adequados? Comente!
Deixe um comentário